quarta-feira, 5 de março de 2014

O que você queria ser quando crescesse?




Esta pergunta variava de acordo com a época, idade, estado de espírito, estado civil, momento financeiro, que eu estava vivendo.

Lembro de quando era criança, como quase todas as outra meninas, eu quis ser professora.
Passava horas brincando na lousa, fazendo de minhas bonecas meus alunos e naquela minha inocência eu tinha convicção desta minha decisão. SÓ QUE NÃO!

Cresci um pouco mais e quis ser delegada, lembro-me que brincava de cadeia e prendia meus bonecos entre as vassouras espalhadas no quintal, meu camburão era minha gueta CECI cor de rosa com cestinha na frente e garupa.

Em minha infância eu tocava piano, mas querem saber, nunca passou por minha cabeça ser uma pianista. Era só curtição,  um sonho maternal, que me assombrava. Nunca levei jeito para os instrumentos, o máximo que eu tocava era campainha da casa dos vizinhos e saia correndo.
Fiz balet clássico achava lindo e continuo achando, mas precisava de muita dedicação para me tornar uma bailarina respeitável. Alem de um corpinho magrinho esguio, que eu nunca tive.
Fiz natação por fazer para aprender que qualquer pocinha d'água pode matar. Apenas isto.

O tempo passou e eu acabei não escolhendo nada.
Deixei a vida me levar. (grande erro)
Meus anos na escola não me levaram a fazer nenhuma escolha;

Quando fui entrar no colégio, preferi fazer um curso técnico, achando que com isto eu iria me decidir enfim, por uma carreira.
Entrei querendo ser secretária e saí formada em técnica contábil. NADA A VER!!!! Sou de humanas e não exatas!!!

Depois da minha formação técnica, brotou um desejo muito forte por fazer jornalismo, pronto achei o que eu queria ser! Decidi, estava escondido dentro de mim e eu encontrei. Fiz um vestibular na faculdade local, passei em redação nas primeiras colocações, fiz a matricula paguei e desisti. CREDO QUE FALTA DE PERSEVERANÇA a minha.

Mas tive que escolher, eu estava recém casada, pagando meu apto. vivendo num mundo totalmente novo e diferente, não havia espaço para um curso de 5 anos que não cabia dentro das minha possibilidades financeiras.

Que frustração! Demorei tanto tempo para me encontrar e quando me acho, sou obrigada por minha própria escolha a deixar para lá. (ou quem sabe mais tarde, enquanto houver tempo!).

Mais tarde quis ser manicure. E fui, para mim era terapêutico! E sobrevivi disto e ganhei muito dinheiro. Sucesso? Talvez não. Apenas satisfação pessoal, uma arte de embelezar outras pessoas.

Posterior a isto quis ser cabeleireira, fui estudar cursei 2 anos e aprendi muito, cortei muito cabelo de graça, me diverti, fui cobaia de muita gente, fiquei loira, morena, ruiva, fiquei sem cor definida, com permanente, alisamento, hidratação, cabelos longos e curtos, penteados magníficos e feios mas amava estes momentos, para mim era o auge.

Sonhei com meu salão, minhas clientes, meus resultados... Mas só foram sonhos.

Por fim, voltei a estudar, fiz faculdade de tecnologia em gestão industrial. Não exerço esta profissão, mas estou no meio de quem as executa, e se me perguntarem se era isso que você queria ser?

Respondo facilzinho: CLARO QUE NÃO!!! A NECESSIDADE FAZ O LADRÃO!

Então percebi que fui de 8 a 80 e ainda não tive a coragem de encarar o que realmente queria ou quero ser.

Mas já cresci? Será que ainda dá tempo de eu escolher?

Quem sabe...né.















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